Além de dar aulas para as crianças, existem outros campos de atuação para quem faz
Pedagogia?

Existem muitas possibilidades de atuação para o professor fora da sala de aula; porém, sua
presença em instituições não educacionais, ainda causa estranheza, levando as pessoas a
indagarem sobre o papel a ser desempenhado por ele.

Obvio que sua atuação em espaços diversificados depende da matriz curricular implantada em sua graduação, da dinâmica educacional e dos requisitos adquiridos para serem protagonistas em diferentes ambientes.
Preocupada com os problemas da contemporaneidade e focando a Pedagogia como ciência da educação, a UNIFACP busca capacitar seus discentes a atuarem em espaços formativos que excedam a prática escolar, desenvolvendo habilidades necessárias para conduzir o saber em diferentes áreas de trabalho, desconstruindo o paradigma de que o pedagogo só pode atuar na educação escolar.
Ressaltando que a educação, como mola propulsora da evolução do homem e da
sociedade, constitui a base das instituições de ensino público e privado, é também
indispensável no âmbito não escolar, como no caso das empresas e dos hospitais.

Assim, como profissional de Educação Empresarial, o pedagogo poderá promover
criatividade, espírito de equipe, relacionamento e convivência saudáveis nas organizações,
alinhando o processo de aprendizagem com a cultura e estratégia da empresa,
selecionando as maneiras mais adequadas para cada objetivo e propondo intervenções no
momento oportuno para evitar ou corrigir possíveis desvios.

Por outro lado, temos a Pedagogia Hospitalar que é um processo alternativo de educação,
caracterizado como uma nova modalidade educacional que visa apoiar o paciente no
hospital, auxiliando no processo de sua recuperação.

Para legalização de tal modalidade foi criado o decreto-lei nº 1.044, de 21 de outubro de
1969, que dispõe sobre tratamento excepcional para os alunos portadores das afecções
que indica, assegurando, como consequência, o direito ao professor de trabalhar na rede
hospitalar, objetivando que a criança se mantenha ativa e atualizada, obviamente com a
anuência médica.

Além disso, também é possível pensar na atuação do pedagogo que através da arte, da
comunicação e do lúdico, possa proporcionar a melhoria nos aspectos psicológicos de
autoestima e bem-estar emocional e, do ponto de vista físico, interferir positivamente em
sua cura, enquanto estiver em tratamento nos hospitais ou nos postos de saúde.

Para concluir, vale enfatizar que atuar nessas vertentes só é factível para o professor que
gosta de desafios, visto que é preciso buscar em si mesmo o verdadeiro sentido de
“educar”, acompanhar a evolução desenfreada da tecnologia e ter o compromisso de
manter-se continuamente atualizado.
A superação de todos esses desafios requer paixão, persistência, atitudes e esperança de
construir um mundo melhor.

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Prof. Dra. Neyde Lopes. Coordenadora do curso de Bacharelado em Pedagogia da UNIFACP